Voz da alma-Cris Pedreira
Eu busco a paz e tudo que nela couber.
Capa Textos Fotos Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links
Textos
Dois irmãos
Caro (a) leitor vou fazer uma breve resenha do livro Dois Irmão de  Milton Hatoum e um poema com o mesmo nome que faz uma análise do livro. O livro é um romance brasileiro que conta a história  perturbada entre dois irmãos de uma família de ascendência libanesa que vive em Manaus. Nesse romance é notário a presença de ciúmes, rancor, incesto, inveja, desejo, orgulho, ódio , violência e morte.
Esse livro, chamo de a história de dois irmãos  em uma família em crise. Omar e Yaqub, são gêmeos e sua relação com o pai, mãe e irmã. Mostra como se constroem  as relações de identidade e diferença numa família em crise.
Na casa da família mora Domingas, empregada da família, e seu filho.
É o filho da empregada, que narra a história. Sendo narrador personagem. Ele narra, trinta anos depois, os dramas que assistiu calado.
O narrador personagem busca também a verdadeira identidade do seu pai entre os homens da casa, ele tenta restaurar os estilhaços do passado, ora como quem observa, ora como quem escutou e silenciou-se a respeito das histórias alheias. Do seu canto, ele nota personagens que se oferecem ao  incesto, à vingança e a paixão colossal.
para continuar dissertando sobre o livro é a história apresentada por ele cito Carlos Drumond de Andrade " A casa foi vendida com todas as lembranças todos os moveis todos os pesadelos todos os pecados cometidos ou em vias de cometer a casa foi vendida com seu bater de portas com seu vento encanado sua vista do mundo seus imponderáveis(...)".
Cenário: Início do século XX.
Manaus, a capital da borracha.
imigrantes que vinham à capital manauara em busca de riqueza.  Por volta de 1914, o viúvo Galib inaugura o restaurante Biblos.  Tinha uma filha chamada Zana.
O nome do restaurante referia-se à pequena  cidade de Biblios, no Líbano.
Galib abastecia o restaurante com peixes comprados no Mercado municipal. Os clientes do restaurante eram mascate, comandantes de embarcação, regatões e  trabalhadores do Manaus Horbour.  O restaurante também tornou-se ponto de encontro de imigrantes libaneses, sírios e judeus marroquinos.
Halim, mascate libanês, cliente do restaurante apaixomou-se por Zana e casou-se com ela, em cerimônia católica na igreja  de Nossa Senhora dos Remédios  diante do altar de  Nossa Senhora do Líbano.
Logo após o casamento, o pai de Zana  Viaja para o Líbano para rever a família. Morre pouco tempo depois. Zana, em luto,diz a Halim que quer ter no mínimo três filhos.
Halim e Zana tiveram dois filhos gêmeos, Yaqub e Omar e uma filha chamadaânia. A empregada da casa era uma indígena, chamada Domingas, que mais tarde teve um filho chamado Nael.
Os irmãos tinham temperamentos distintos, o mais velho, Yaqub, era calmo, inteligente e centrado; o mais novo Omar,era temperamental e imediatista.
Os gêmeos  iniciaram os estudos no Colégio dos  Padres.
Na adolescência, Yaqub  apaixonou-se por  Lívia. Omar, tentou conquistá-la. Quando percebeu que a menina preferia  Yaqub a ele, cortou-lhe o rosto com uma garrafa de vidro.
Para evitar mais discórdia em casa, o pai queria enviá-los ao Líbano, porém, a mãe suplicou para que apenas Yaqub fosse, pois, Omar, em sua opinião, tinha saúde frágil e não conseguiria sobreviver sem a família por perto. Yaqub ficou dos 13 aos 18 anos no Líbano.
Quando Yaqub chegou do Líbano, o pai foi busca-lo no Rio de Janeiro. O cais estava apinhado de parentes de pracinhas e oficiais  que regressavam da Itália.
No caminho do aeroporto para casa, Yaqub reconheceu um pedaço da infância vivida em Manaus e se emocionou com  a visão dos barcos atracados às margens dos igarapés.
Numa manhã de agasto de 1949, dia do aniversário dos gêmeos, o Caçula pediu dinheiro e uma bicicleta  nova. Yaqub recusou o dinheiro e a bicicleta. Pediu uma farda de gala para desfilar no dia da  independência.
O desfile com farda de gala fora a despedida de Yaqub, pois havia  decidido ir à São Paulo para estudar e trabalhar. Morou em pensão, ia à praça da República, assistia aos filmes nos cinemas da Rua São João e dedicou-se  aos estudos.
Religiosamente, ao final de cada mês, Yaqub escrevia para a família em Manaus. As cartas, evasivas, eram motivo de festa para a mãe que as lia como quem lê um salmo ou uma surata.
Nesse período, Halim continuava trabalhando em sua loja de armarinho.
Havia melhorado a vida nos anos pós - Guerra. Vendia de tudo um pouco  aos mercadores do Educandos, um dos bairros mais populosos de Manaus.
Rânia tornou-se uma bela mulher que idolatrava os irmãos de forma quase simétrica. Não casou-se. Abandonou a universidade e tornou- se gestora da loja do pai com a ajuda do irmão engenheiro que lhe enviava mercadorias de São Paulo.
Omar foi transferido para o Colégio Liceu Ruy Barbosa, conhecido como o Galinheiro dos Vândalos. Foi expulso do Colégio dos Padres porque deu um soco no professor de matemática.
Nael, que tinha quatro anos quando Yaqub foi para São Paulo, agora ajudava a mãe, Domingas nos afazeres doméstico e fazendo compras no mercado ao ar livre.
Nael cresceu sem saber a sua origem. Domingas, talves, por acordo feito com Halim e Zana, não lhe falava qual dos dois gêmeos  era o seu pai. Ao passear aos domingos, para comprar coisas para Zana, atravessava a ponte metálica  e perambulava nas margens do rio.
Yaqub conseguiu uma vaga na Escola Politécnica da universidade de São Paulo. Formou-se engenheiro e casou-se com Lívia.
Os irmãos, adultos, continuavam rivais. Yaqub tornou-se um engenheiro bem sucedido e enviava dinheiro à família para a reforma da casa e da loja.
Omar continuava boêmio  e sem trabalho e Zona não permitia que nenhuma mulher tivesse um relacionamento duradouro com seu filho caçula.
Com o intuito de fazer Omar esquecer de uma namorada( Dália), Zana o envia à São Paulo para estudar. morou em uma pensão na Liberdade e matriculou-se  em um curso. Em uma viagem de Yaqub à  Santos. Omar aliciou a empregada do irmão e roubo-lhe  o passaporte, dinheiro, roupas e viajou para Miami. Ficou desaparecido por alguns meses.
De volta à Manaus, Omar se apaixona por Pau- Mulato, com quem vai morar em um barco. ninguem da família sabe do seu paradeiro. Halim e Zana passam meses à sua procura. Ele foi encontrado e voltou para casa a contra-gosto.
O professor de francês, Antenor Laval, a caminho do Galinheiro dos Vândalos, foi humilhado e esbofeteado por militares. Foi preso e morto na cadeia. Omar ficou  abalado com a morte do amigo.
Após a morte de Halim, o maior sonho de Zana  era que seus filhos se unissem, e viu a possibilidade após Omar lhe apresentar o sr. Rochiram, indiano, que pretendia construir um hotel em Manaus.
Yaqub não aceitou trabalhar com o irmão. Omar agrediu Yaqub, que ficou hospitalizado. Após a morte de Zana, Yaqub processa o irmão, que acaba sendo preso.
Domingas, antes de morrer, revelou a Nael que havia sido violentada por Omar e que seu nome era em homenagem ao avô Halim.
Conclua a resenha dessa bela obra de Hatoum, Milton. Dois irmãos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. Com o poema
Dois Irmãos que fiz  inspirada na leitura dessa belíssima obra.

Dois irmãos
Como começar uma estória
Cheia de contradição?
Começo pelo amor
Ou pela decepção.

Como descrevê-los?  
Ou dizer como são?
Pais e filhos.
Uma família, dois irmãos.

Um é rebelde e valente.
O outro é tímido é inteligente.
Difícil conviver com tanta contradição.

Mãe, pai e irmãos.
Todos complicados
Aprova dores e sutis segredos
Que nos consome a vida a entendê-los.
A leitura é a escorra do nosso apelo:
Ler, interpretar e entendê-los.

Todos confusos vivendo um jogo de amor e ilusão.
Como entender tal situação?
Para isso coloco essa observação:
Não se iluda com uma flor,
Pois, nem sempre significa amor.
Não se iluda, com um abraço.
Pois, ele pode ser um laço.
Não se iluda, com o poder.
Pois, ele pode desfalecer.
Não se iluda com uma declaração.
Pois, nem sempre vem do coração.

Incesto, rivalidade, revolta e separação.
São palavras que define
A estória de dois irmãos.


Como começar uma estória
Cheia de contradição?
Começo pelo amor
Ou pela decepção.

Como descrevê-los?  
Ou dizer como são?
Pais e filhos.
Uma família, dois irmãos.

Um é rebelde e valente.
O outro é tímido é inteligente.
Difícil conviver com tanta contradição.

Mãe, pai e irmãos.
Todos complicados
Aprova dores e sutis segredos
Que nos consome a vida a entendê-los.
A leitura é a escorra do nosso apelo:
Ler, interpretar e entendê-los.

Todos confusos vivendo um jogo de amor e ilusão.
Como entender tal situação?
Para isso coloco essa observação:
Não se iluda com uma flor,
Pois, nem sempre significa amor.
Não se iluda, com um abraço.
Pois, ele pode ser um laço.
Não se iluda, com o poder.
Pois, ele pode desfalecer.
Não se iluda com uma declaração.
Pois, nem sempre vem do coração.

Incesto, rivalidade, revolta e separação.
São palavras que define
A estória de dois irmãos.


Cris Pedreira
Enviado por Cris Pedreira em 27/10/2024
Alterado em 28/10/2024
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Comentários
Capa Textos Fotos Perfil Livros à Venda Livro de Visitas Contato Links